“Toda a ciência provém da dor. A dor procura sempre a causa
das coisas, enquanto o bem-estar se inclina a estar quieto e não olhar para
atrás.” Stefen Zuveig
A dor é uma sensação desagradável que às vezes chega a nos
incapacitar para exigir que paremos de fazer as atividades que agravam e causam
o problema.
Se fosse prazerosa como rir ou beijar, a dor não faria com
que a pessoa nunca investigasse a causa principal.
Na verdade ela é o pedido de atenção do nosso corpo por meio
de sensações desagradáveis.
Sentir dor é necessário, pois sem ela, o corpo progrediria a
um estado muito pior, no qual praticamente não seria possível recuperar a
saúde.
Não desrespeite seu corpo apagando os sinais com
medicamentos ou qualquer outra modalidade.
Se focarmos na raiz do problema e não apenas na eliminação
da dor, permitiremos que o nosso corpo funcione da maneira que foi criado.
Uma pessoa com hérnia de disco, por exemplo, deve sentir o
nervo ciático (dor irradiando da coluna para perna) para não continuar
sobrecarregando a coluna e, consequentemente, agravando a disfunção e a hérnia,
que poderia acabar em enfraquecimento da perna ou, pior ainda, perda do
controle da bexiga, intestinos ou órgãos sexuais.
Como nós não temos a instrução de como interpretar cada dor,
cada sinal e sintoma de nosso corpo, infelizmente muitas vezes as ignoramos ou,
pior ainda, apagamo-as com analgésicos, enganando nosso corpo e deixando o
problema principal degenerar nosso corpo e afetar ainda mais nossa saúde.
É o nosso cérebro que decide se vamos sentir dor ou não. O
cérebro analisa toda a informação que recebe de todos nossos sensores e
receptores para determinar se sentir a dor será vantajoso ou não.
Nas situações em que não seria produtivo estar dolorido,
como, por exemplo, em um campo de batalha, a dor frequentemente não é sentida
pelos soldados até que saíam da zona de perigo.
Então, se você está dolorido, de certa maneira, seu cérebro
concluiu que criar a dor é produtivo – certo tecido de seu corpo é ameaçado e
seu cérebro quer que você reverta essa situação.
A duração da dor não tem relação com a severidade do
problema. Muitos pacientes, quando se consultam pela primeira vez, afirmam “mas
não é nada importante, pois esta dor só apareceu há uma semana”. Mas quando
questionados sobre outras dores na coluna ou corpo e se já sentiram as mesmas
anteriormente, dizem “ah, sim, sofri uma crise lombar que não me deixou
caminhar, mas foi anos atrás e nunca mais voltei sentir a dor”.
É comum após examiná-los e estudar as radiografias,
identificarmos degeneração como osteoartrose ou hérnia discal, que demoram anos
para se desenvolverem.
Por que então podemos possuir problemas biomecânicos graves
ou degeneração avançada e somente sentir a dor depois de muito tempo com o
problema, sem ter recebido o aviso do corpo antes sinalizando que algo não
estava bem?
Se aceitarmos a definição de que saúde é “quando o corpo
está funcionando 100% corretamente”, será fácil entender que, se tivermos uma
vida saudável, consumirmos comida saudável, fizermos exercícios regularmente e
dormirmos o suficiente, teremos mais chance de sentir dor logo após o
aparecimento do problema.
Caso contrário, se vivermos estressados, dormirmos pouco,
consumirmos alimentos inadequados e ingerirmos medicamentos ou álcool, será
mais difícil para nosso corpo emitir qualquer aviso quando algum problema
aparecer.
Temos que lembrar que nosso corpo tem uma capacidade
incrível de adaptação e é o cérebro que decide quando e como vai emitir os
sinais. Algumas vezes, essa decisão não faz sentido aparentemente, mas quando
analisamos outros fatores, passa a fazer muito mais sentido.
O corpo se adapta porque muitos fatores estressantes
distraem nosso cérebro do foco, ou seja, do problema. Isso não é regra para
todos; muitas pessoas que não dormem o suficiente ou andam estressadas são
definitivamente mais sensíveis a dor, mas não há duvidas de que, enquanto o
cérebro não estiver exercendo seu trabalho, por estar distraído, o organismo
não vai funcionar como deveria.
POR ISSO, SE VOCÊ ESTÁ SENTINDO DOR OU OUTROS SINTOMAS,
SAIBA QUE A RESPONSABILIDADE É SUA DE DESCOBRIR POR QUE SEU CÉREBRO TOMOU ESSA
DECISÃO.
PROCURE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE PARA ENCONTRAR A RAIZ DO
PROBLEMA. O QUIROPRAXISTA TAMBÉM PODE AJUDAR VOCÊ, QUANDO A DOR FOR NA COLUNA
OU EM ALGUMA ARTICULAÇÃO.
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