2 de fev. de 2012

EVITE QUE A AULA DE MÚSICA PREJUDIQUE SUA COLUNA

As aulas voltaram e também os cursos paralelos como os de música. Se você pretende entrar para a escola de música, ou é pai e seu filho quem pretende tocar algum instrumento, é bom tomar alguns cuidados para evitar problemas desde o início.  Se você é músico, ainda pode dar atenção e reverter problemas na coluna. Tanto principiantes quanto músicos profissionais possuem alta incidência de problemas da coluna e articulações com seus sintomas associados.

O primeiro passo  é saber quais efeitos que o instrumento escolhido pode causar na coluna. Os problemas variam conforme o tipo de instrumento e como está sendo tocado, além da capacidade de manter a postura correta ou não.
 
Os que ficam sentados têm tendência a sofrer mais do que os que tocam instrumentos em pé, pois é mais fácil mover-se e manter boa postura quando o músico está ereto distribuindo a carga de um pé ao outro.
 
Como no caso dos atletas,  para os músicos também existem várias causas de disfunção da coluna ou articulações. Conheça as mais comuns:
 
Efeitos da gravidade – um dos requisitos para tocar alguns instrumentos é estar em uma posição contra a gravidade. Você pode imaginar o quanto essa postura estática com o peso do instrumento imóvel poderia fatigar os músculos? O violinista é um exemplo, porque toca o instrumento muitas vezes com a cabeça virada para um lado e o violino encaixado entre o ombro e o pescoço.
 
Movimentos repetitivos - provocam lesões em articulações e tendões. Especialmente quando a técnica não é correta, a carga sobre o corpo em longas horas de prática e frequentes performances é muito prejudicial. Tipicamente, os primeiros sinais do corpo de que a atividade não está agradando vêm na forma de dor ou adormecimento intermitente e rigidez do pescoço.
 
Com tempo, se o músico não modificar a forma de tocar ou descansar o suficiente para permitir a cura do corpo, os sintomas tendem a piorar, e acabam em cirurgia ou se aposentam precocemente simplesmente porque deixaram o problema avançar demais.
 
Infelizmente, para músicos profissionais, com uma agenda lotada de concertos, muitos não têm tempo necessário para deixar uma lesão curar-se ou recuperar-se. Por isso, é imprescindível respeitar o corpo anteriormente ao tour, cuidando e preparando as articulações que receberão mais carga na hora de tocar.

 
Dicas para minimizar o impacto
  • Faça exercícios regularmente. Seus músculos encurtam e as articulações travam com os movimentos repetitivos ao tocar seu instrumento;
  • Escolha atividades que não promovam movimentos muito fortes nas regiões usadas para tocar, como natação yoga, (pode ser feito em qualquer lugar, inclusive o turnê), pilates e alongamentos são excelentes tanto para alongar os músculos encurtados quanto para promover extensão da coluna vertebral (o que é muito importante para as pessoas que tocam sentadas);
  • Sempre faça aquecimento corporal antes de cada pratica. Comece fazendo alongamentos e tocando devagar;
  • Concentrar-se em sua técnica é fundamental para tocar sem comprometer a coluna vertebral;
  • Permita movimentos em seu corpo enquanto toca. A postura estática e o fato que alguns instrumentos devem ser segurados contra a gravidade fadigam alguns grupos musculares;
  • Faça movimentos fluidos e não agressivos com a cabeça, pescoço ombros e braços permitem aos músculos dividir a carga e acelerar o tempo de recuperação;
  • Músicos que são obrigados a sentar-se para tocar devem evitar que os ombros caia, para frente, pois essa postura travara o pescoço, incomodando, os nervos que vão para os ombros, braços e cabeça, acelerando os problemas do ATM;
  • Não dobre a cabeça desnecessária ou exageradamente para tocar o instrumento, pois isso pode provocar sintomas associados como dor de cabeça, adormecimentos e dor nas mãos e dedos, vertigem, insônia e problemas de ATM;
  • Um dos conselhos mais importantes em inflamações por lesão por esforço repetitivo (LER) que resultam em tendinites, bursites ou contraturas musculares, é a aplicação de gelo o mais rápido possível para desinflamar. Esse hábito minimiza a severidade da lesão de vários músicos e permite que eles terminem um show ou uma turnê sem desistir.

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